O que mexe com a libido das mulheres não é a beleza física, é a inteligência. De tal forma que as revistas de homens nus só vendem para gays… (Capítulo I- Os Homens)
Ao ler um comentário deixado por uma leitora (sugiro que façam o mesmo e participem!) decidi iniciar uma série de três artigos sobre a batuta de homens, mulheres e homossexuais. No artigo dos homossexuais peço imensa desculpa mas vou colocar tudo no mesmo saco (Homo, lésbicas, bissexuais, travestis e unicórnios). Se eles metem o que querem onde querem, eu também faço o mesmo e junto-os todos no mesmo artigo que o tempo é pouco.
Mas hoje vou começar pelos homens! E começo infelizmente por constatar que as mulheres menosprezam a sensibilidade masculina. O homem da cidade, (e somos tantos...) desenvolvido e culto, (e aí tenho de admitir que somos poucos) é uma verdadeira caixinha de surpresas. Continuo a ter alguns amigos que não passaram pelo “processo de amadurecimento” e ainda reagem às insignificâncias da vida avulsa. Metem-se em porradas, chegam todos os fins de semana a casa às 8 da manhã a cair de bêbedos, e a maior parte deles são circuncisados. Não tenho nada contra homens circuncisados, mas se fosse gaja não queria! Mas vou descobrindo cada vez mais verdadeiros corações de bondade e de inteligência em amigos que se assumem sem machismos e sem falsas modéstias. É o caso do João, um excelente amigo, entende aquilo que poucos entendem e é verdadeiro nas suas acções. Um bom amante, é paciente com as mulheres, impaciente com o amor, um romântico que sabe tratá-las bem mas é encoberto pelos demasiados amigos surfistas que o rodeiam. Conheci-lhe duas namoradas, giras que se farta, e nenhuma delas soube aproveitar o amor do João. E é este o tipo de homem (que na verdade me incluo!) que tentarei defender pois é aqui que acredito poderem as mulheres encontrar a maturidade e a responsabilidade pela vida fora.
O reverso da medalha surge quando procuro a sinceridade, a verdade pura. E aí admito que não somos favoritos. Encontro nos homens de antigamente, na rudez rural e no tradicionalismo preconceituoso português uma verdade invejável, e quando vejo na televisão um homem de nariz vermelho e face rosada a chorar acredito imediatamente na sua boa fé e no homem de bem. Na cidade é bem diferente… basta terem uns olhinhos azuis e dois gémeos mais desenvolvidos e serem uns anjos… uma bondade de pessoa, queridos e blá blá blá. Depois acontece o mesmo que aconteceu uma vez a uma amiga que me apareceu com duas costelas partidas porque o “querido namorado” sem querer empurrou-a das escadas. Estavam a discutir sobre o tempo (dá para acreditar?) e foi sem querer, ele tentou agarrar-me mas não conseguiu… E assustem-se mulheres porque é caso para isso: eu conheço tantos casos destes! É vê-las dizerem que ele é um querido, e que é deles que querem 20 filhos a correrem por uma casa com 4 pisos (os homens podem ser bonitos, mas as mulheres também não são parvas!) e depois em conversa de salão é ouvi-los a galar as pernas da amiga e contarem como a namorada mama quando ele chega com os copos! Se isto é um “querido”, então estamos mal!
E é talvez por isso que vejo mulheres lindas com homens feios, porque conseguiram ler mais do que aquilo que habitualmente se lê. Um homem com iniciativa leva uma mulher às nuvens, embora cada vez mais me convenço que as mulheres vulgares gostam dos homens-cãezinhos (aqueles que ouvem e calam) e de preferência bonitos ou com uma barba de 3 dias à Diogo Infante. E acreditem que não são essas as mulheres que eu procuro! Até fujo delas! Mas resta-nos a nós homens a satisfação de saber que há mulheres diferentes e que além de procurarem um corpinho danone (não é que me queixe pois estou sempre em forma!) começam cada vez mais vulneráveis a aceitar um bom amante. E interpreto-o como um factor de inteligência, aquilo que talvez ainda reste a poucos de nós quando escolhemos alguém...