"Alguns homens amam tanto as suas mulheres, que para não as gastarem, preferem usar as dos amigos."
Ontem ligou-me a Catarina… Há anos que não falava com ela, desde os tempos em que chegávamos a casa dos tios e rodávamos a mesa para roubar os caramelos todos que ali se encontravam antes que chegassem os mais velhos e levassem tudo. A Catarina está gira, os anos pesam-lhe um bocado (e ainda por cima no rabo!) mas de resto engana bem. Vem com aquele ar todo certinho mas deve ser toda louca na cama. A minha prima, que é uns anos mais velha que nós, diz que ela não é “flor que se cheire “… pois calha mesmo bem que eu ainda tenho o nariz entupido resultado da constipação da semana passada.
A Catarina tem mais 3 ou 4 anos que eu, esconde que tem namorado e olha para mim como eu olho para um bifinho de vitela, fala comigo com uma doçura de leoa antes de atacar a presa… e eu gosto!
Na quarta-feira estava chateado, não dava nada na televisão (ALTO! Na televisão salvo seja, no sexy hot está sempre a bombar! ) e liguei-lhe para o telemóvel quando me atende com uma voz ensonada. As mulheres não entendem, atender o telefone com aquela voz, ou com a vulgar desculpa do -estava no banho- só excita mais um homem…. Tudo o que se associe a “menos do que camisolas” e “mais do que nada” é excitante para um homem! E mesmo sendo Inverno, os dias estão quentes e ela não dormirá com mais do que uma camisa de noite; o que para mim multiplica o tempo pois não tenho de andar à procura dos encaixes do soutien.
Depois de muito penar lá veio à toca do lobo. Ou se calhar não… Como ela é jeitosa, ainda tive de descer para a ajudar na manobra porque não conseguia estacionar o carro (gajas…) mas com “duas demão” a coisa foi ao sítio. As mesmas duas mãos que mal entrou se agarraram a mim a perguntar o que queria eu a uma hora daquelas. Ora isto é pergunta que se faça?
A coisa rolou directamente para a cama e quando dei por mim tinha a verdade à minha frente: a rapariga conseguiu juntar o Brasil inteiro no rabo… e nem se dá por isso! Mas naquela altura é como um homem em frente a um pelotão de fuzilamento, não há recuar, só avançar! E lá fui… sem medos ou a medos... mas fui!
Quando a coisa estava no seu êxtase, diz a bela Catarina para mim com a sua voz de mel enrolada entre a almofada: Se quiseres… podes brincar com o meu rabinho...
Na altura nem reagi, distrai-me mais um bocado com o que tinha, pareceu-me ter dúvidas sobre o que tinha ouvido, mas fui em frente, arrisquei e acabei qual Álvares Cabral em busca da terra prometida. A experiência durou pouco tempo, e passados minutos em pleno delírio, Catarina quis que tudo acabasse onde tudo deve acabar.
No final, enquanto ela se decidia ou não ir embora, pus-me a olhar para as estrelas que me tinham guiado a tão inóspito “spot” e percebi que a experiência não tinha sido tão agradável quanto via nos filmes de escalão apropriado para a nossa idade. Descobri então que há certas coisas que se fazem uma vez, e pronto… e com a mulher dos outros, e pronto!